terça-feira, 31 de julho de 2018

Cirurgia refrativa: O depois

Olá querido(a)!
Hoje vim aqui contar tudo sobre a minha cirurgia refrativa, ou cirurgia de miopia. Já estou querendo falar sobre isso aqui no blog a algum tempo,já que fiz a cirurgia em janeiro, porém não sabia como começar. Por isso decidi que essa série será dividida em três postagens (saíra uma por semana aqui no blog): "O problema", que no caso foi a postagem da semana retrasada, em que contei a minha história com o problema de visão; "O dia D", que foi a postagem da semana passada, em que vou contar sobre todo o pré-operatório e a cirurgia em si; "O depois", que é a postagem de hoje, em que irei contar sobre o pós-operatório e mais algumas coisas que aconteceram comigo depois da cirurgia.


Depois da cirurgia, que ocorreu no dia 25/01/2018, passado no máximo uma hora, meus olhos já começavam a dar sinal de ardência e eu não conseguia mantê-los abertos. Apenas compramos os colírios necessários e fomos para casa. Passei a viagem inteira com os olhos fechados e lacrimejantes, sentia que ia morrer de tanta dor e agonia. Foi horrível! Eu não via a hora de chegar em casa, deitar na minha cama e ficar em paz.

Tive que tomar dois remédios por via oral: Deocil sublingual comprimido - 10 mg (tomei 1 comprimido 8/8h por 3 dias); Tylex comprimido 30 mg (tomei 1 comprimido de 8/8h por 1 dia; esse eles me deram no próprio hospital, já que não tomaria muitos). De uso ocular foram usados 3 colírios diferentes: Vigamox colírio (pinguei uma gota 4/4h por 7 dias nos dois olhos); Predfort colírio (pinguei uma gota por dia nos dois olhos conforme o esquema: 4/4h por 7 dias, 6/6h por 7 dias, 8/8h por 7 dias, 12/12h por 7 dias); Systane (uso contínuo, pinguei uma gota em cada olho 6x/dia). E havia uma observação: "Quando o horário dos colírios coincidirem, dar intervalo de 10 minutos entre eles.".

Nesse dia que cheguei em casa em não consegui fazer nada sozinha porque não conseguia abrir os olhos. Minha mãe teve que fazer tudo pra mim e foi um sofrimento abrir os olhos para colocar os colírios. Meus olhos também ficaram muito sensíveis a luminosidade, por isso nada de luzes (naturais ou artificiais) e telas. A única coisa que tenho que dizer é que por três dias senti vontade de arrancar meus olhos e fiquei arrependida de ter feito a cirurgia. Passei esses dias na cama, no escuro e sem nada pra fazer (é triste). O dia da cirurgia foi o pior, os primeiros 3 dias também porém já conseguia fazer minhas coisas sozinhas usando o óculos que ganhei no hospital.

Voltei ao hospital 5 dias depois de ter feito a cirurgia (fiz a cirurgia em uma quinta-feira e voltei na terça-feira), dia 30/01/2018. Quando fui para a consulta, meus olhos não estavam incomodando tanto mas ainda estava sensível a luz. Foi aplicado colírio anestésico nos dois olhos e tiraram o curativo (lente). A médica olhou meus olhos e falou que estava tudo ótimo, disse que eu deveria continuar com os colírios e me liberou. Minha visão ainda não estava cem por cento, porém leva até 3 meses para ficar tudo certo (assim como várias cirurgias). Fui informada que poderia seguir vida normal, apenas teria que evitar praias e piscinas por um tempo. Marquei outra consulta para dali a um mês.

Fui para a consulta no dia 01/03/2018 e conversei com a médica que ainda estava enxergando embaçado, principalmente coisas iluminadas. Ela me disse que era assim mesmo e que em breve melhoraria. Falou que estava tudo ótimo, mas passou alguns colírios novamente. Para uso ocular: Systane (1 gota 6x/dia) e Predfort pinguei uma gota por dia nos dois olhos conforme o esquema: 4/4h por 7 dias, 6/6h por 7 dias, 8/8h por 7 dias, 12/12h por 7 dias, 1x/dia por 7 dias). Marquei outra consulta para dali a dois meses.

Fui para a consulta no mês de maio (não consigo lembrar o dia), e naquela consulta minha visão já estava ótima. Nada de embaçado e tudo bem. Fui informada que deveria continuar a usar o colírio Systane, que é um lubrificante, e que deveria fazer um exame de rotina (um Mapeamento de Retina). Se estivesse tudo certo eu, nem precisaria voltar lá, só voltaria depois de um ano.


Acabei optando por fazer esse exame aqui na minha cidade, Rio das Ostras, porque era mais fácil do que viajar para outra cidade (a médica de lá disse que não teria problema). Não consegui marcar com o meu médico, então marquei com outro que é igualmente bom e amigo da minha mãe. Fui na consulta em uma segunda-feira, no final de maio, e descobrimos que minha retina estava começando a descolar no olho direito (olho que lá atrás já tinha um problema). O médico falou que seria necessário fazer um laser para prevenir o descolamento, se não teríamos muito mais trabalho e dor de cabeça. Foi marcado para sexta-feira da mesma semana o procedimento, já que na outra semana iria viajar e ele não queria arriscar deixar eu viajar sem ter feito o procedimento. Antes de fazer o procedimento, entrei em contato com a médica que fez minha cirurgia e ela autorizou o processo (apenas falou que se eu tivesse dúvidas, poderia marcar uma consulta com um especialista em retina).

O procedimento foi básico, e nem se encaixa em cirurgia nem nada. Cheguei lá, meu olho foi dilatado e depois foi colocado colírio anestésico. Fui para uma sala, onde deitei em uma maca e ele começou o procedimento com o laser. Deve ter durado no máximo uns 10 minutos, e minha mãe e minha irmã permaneceram na sala comigo. Foi um pouco incômodo, já que parecia que meu olho estava sendo "socado" e um pouco como agulhas entrando nele, mas era suportável. Fiquei um pouco enjoada ao final do procedimento, mas nada demais (só paguei micão mesmo). Quando cheguei em casa tomei uma dipirona só porque estava com dor de cabeça, mas não estava sentido nada (e ele não passou nenhum medicamento ou colírio, apenas pediu repouso por uma semana). Me disse que em alguns dias o olho estaria cicatrizado e que eu teria que voltar para uma revisão em cerca de um mês. Não senti nada nos olhos quando a anestesia passou, na verdade nem parecia que tinha feito procedimento algum.

Depois da viagem, voltei ao médico e ele disse que o laser tinha ficado ótimo e que agora não tinha chance de ocorrer o descolamento. Marcou uma outra consulta, só para fazer uma revisão mesmo (pela minha ficha fazia mais de um ano que eu não ia no médico). Os exames foram rápidos e constataram que minha miopia estava zerada, mas que em um dos olhos fiquei com 0,5 de astigmatismo (o que não interfere em nada, já que é um número baixo e possuo um outro olho cem por cento).

Tenho que dizer que essa foi a cirurgia que mais quis fazer na minha vida e que valeu muito a pena. Apesar de algumas partes sofridas do processo, hoje me sinto feliz em abrir os olhos e enxergar o mundo bem lindo e nada embaçado. A dica que eu dou pra quem quer fazer é: se joga! É uma cirurgia que vai te dar uma qualidade de vida incrível.

Gostou de saber um pouco sobre a minha cirurgia de miopia? Qualquer dúvida você pode entrar em contato comigo.

Beijoos ;*

5 comentários:

  1. Oie,
    Adorei o post sobre a experiencia. Tenho uma amiga que precisa fazer essa cirurgia, mas ainda não conseguiu.
    É horrível qualquer coisa que incomodo o olho, dá calafrios só de pensar. Não sei o que faria no seu lugar.
    Beeeijoo!!!

    Grazy Carneiro
    Meus Antídotos

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  2. Thais muito bacana saber teu relato sobre a cirurgia eu uso óculos sem ele vejo tudo embaçado!
    Beijos
    www.silalmeida.com

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  3. Apesar de ter sofrido um pouquinho, foi bem melhor, né? Conseguiu fazer a cirurgia e ficar boa de novo! E é isso que vale a pena! ^^

    Beijo!
    Cores do Vício

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  4. Fico feliz que, apesar do sofrimento, agora estejas bem. Valeu a pena!

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  5. Que legal que valeu a pena Thais. Muito interessante todo esse processo!


    Beijos!
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    Meu Baú de Estrelas

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