A resenha literária de hoje é sobre o livro Quarto de Despejo.
Sinopse: O diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus deu origem à este livro, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. A linguagem simples, mas contundente, comove o leitor pelo realismo e pelo olhar sensível na hora de contar o que viu, viveu e sentiu nos anos em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com três filhos.
Assunto: Biografia, Literatura Brasileira.
Editora: Ática.
Páginas: 200.
Ano: 2019.
Sobre a autora: Carolina Maria de Jesus (1914-1977) foi uma autora brasileira, considerada uma das primeiras e mais destacadas escritoras negras do País. Ela é autora do livro best seller autobiográfico “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”.
Esse foi um livro que pensei muito se queria ler ou não, mas resolvi encarar. Esse foi um dos livros que a escola da minha irmã pediu e eu sempre os leio.
Eu acho essa capa simples e minimalista, mas é bonita. O livro possui um fundo azulado e os detalhes em branco. Na parte superior podemos ver pequenas casinhas desenhadas lembrando a estética da favela. As letras do título possuem uma estética que lembram tábuas de madeira, que é um dos materiais usados para a construção das casas nas favelas (os barracos). Um livro pequeno e que li rápido.
"... Passei no açougue para comprar meio quilo de carne para bife. Os preços era 24 e 18. Fiquei nervosa com a diferença dos preços. O açougueiro explicou-me que o filé é mais caro. Pensei na desventura da vaca, a escrava do homem. Que passa a existencia no mato, se alimenta com vegetais, gosta de sal mas o homem não dá porque custa caro. Depois de morta é dividida. Tabelada e selecionada. E morre quando o homem quer. Em vida dá dinheiro ao homem. E morta enriquece o homem. Enfim, o mundo é como o branco quer. Eu não sou branca, não tenho nada com estas desorganizações."
Devo começar falando que o livro é em formato de diário e por isso toda a escrita começa com a data. Esse é um estilo que gosto, já que consigo ir parando onde desejar (sou inimiga dos capítulos longos demais). Ao longo do livro também vemos algumas ilustrações muito bonitas nas cores preto, branco e vermelho. Confesso que é um livro duro de ler, mas que ao mesmo tempo desperta a nossa curiosidade a cada página. A história contada nesse diário vem lá dos anos 50 e fala de uma favela que hoje nem existe mais. O que mais me impressiona é que um livro escrito nos anos 50 continua muito atual. Nos deparamos ali com uma realidade pobre e o dia-a-dia da favela. Os relatos sobre a fome são muito tristes. E perceber que os governantes não se preocupam com as populações das favelas doí muito. Mas uma das coisas que gostei é que a Carolina, mesmo com pouco estudo, é uma mulher com o senso crítico muito apurado. Ahh, e quarto de despejo é o nome que a Carolina dá a favela, já que ela enxerga a cidade como uma grande casa. Esse quarto seria o lugar em que as pessoas colocam aquilo que não usam mais, coisas quebradas, coisas que não querem mais... Um quarto da bagunça. O livro me fez enxergar uma realidade que eu nunca vivi e acho que é uma boa forma de abrir nossos horizontes em relação a nossa sociedade.
Um livro importante para mostrar a realidade das favelas brasileiras.
Gracias por la reseña, se ve interesante. Te mando un beso.
ResponderExcluirAcredito que seja um livro super interessante de ler
ResponderExcluir.
Cumprimentos cordiais … um dia feliz
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Boa resenha, querida! 🙌 Ainda não o li.
ResponderExcluirhttps://www.blogdamari.com.br/
Nossa achei muitoooo interessante esse livro e fiquei curiosa pra ler.
ResponderExcluirGosto muito desses temas sociais porque muitas vezes ficamos parados em nosso mundinho e não temos noção de outras realidades.
Gostei muito também que é em forma de diário, gosto de coisas assim.
Ótima dica e resenha! :)
https://www.heyimwiththeband.com.br/
Thais, eu não conhecia esse livro. E imagino que deva ser uma leitura difícil, mas essencial para abrirmos o nosso horizonte e olharmos a vida com um outro ponto de vista. Não sei se embarcaria no momento, mas um dia quero sim. E falando nisso, já leu "O ódio que você semeia"? Se não, acho que pode ser uma boa leitura também. Tem uma pegada diferente, mas a ideia é mais ou menos parecida. Ah! E preciso comentar: também sou inimiga dos capítulos longos. Esse formato também mega me atrai hahaha. ♥
ResponderExcluirBeijos, Carol
www.pequenajornalista.com
amei muito sua resenha! eu não tinha ideia do que significa o nome desse livro e achei muito interessante. ele já tá na minha wishlist faz tempo, preciso ler logo (vai acontecer ainda esse ano se possível). e amo como a leitura nos faz enxergar diferentes realidades, é assim que a gente cresce <3
ResponderExcluirOii, achei bem interessante o formato de diário e gostei muito do enredo.
ResponderExcluirBeijos!
https://deliriosdeumaliteraria.blogspot.com/?m=1
Nossa não conhecia esse, não sei se leria agora. Ando lendo pouco também, mas achei interessante.
ResponderExcluirBeijos!
www.pamlepletier.com
Eu li no ensino médio e achei a leitura bem difícil. Várias vezes fiquei bem triste com o que eu lia.
ResponderExcluirBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia